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Um "occupy" em POA

Esse final de semana foi de dar uma desopilada por POA, mas também de tomar conta do apartamento de nossa amiga e fazer do apê dela o nosso. Fizemos um "occupy" por lá. Demos um jeito no roupeiro e tentamos fazer um "brechó" - mau sucedido (risos) - com as maravilhas das roupas. Tomamos conta da cozinha e da cafeteira. O note dela serviu de diário de bordo; o sofá, de divã; a ceva, de inspiração, e o ambiente, com um aroma de incenso no ar, estava leve.

Demos uma volta com chima e também aproveitamos umas fritas com ceva na CB. Tais fritas proporcionaram alegria ao senhor que se encontrava na mesma mesa que a nossa, pois além de dividir a mesa, aproveitou o sabor de algumas fritas e se sentiu menos só. Ou nós que nos sentimos menos sós? Ele deu algumas palavras e, ao se despedir, estendeu a mão. Esse momento lembrou a música de Nei Lisboa: "Bem velhinho, assim, sozinho, ali, bebendo um vinho, e olhando a bunda de alguém".


Nossa amiga estava em um aniversário, mas nem por isso deixou de permitir nossa entrada na casa dela, ou que nós nos sentíssemos no nosso próprio lar (que será repensado pela proprietária na próxima vez). Fato que faz valorizar as pessoas que cruzam nosso caminho, mas também fazem relações com outras diversas situações. Tal "occupy", fez-me recordar de um conto que li há alguns dias: Casa Tomada, de Julio Cortázar, o qual nos proporciona e nos leva a fazer as mais variadas interpretações, desde psicológicas a sociais, mas também políticas. No conto, a casa era "tomada", e nada era feito pelos moradores, os quais abandonaram a casa e largaram a chave num bueiro. Diferentemente, em nosso contexto, o "occupy" foi por amigas e a chave voltou nas mãos da dona, sabendo com muita diversão e risada dos ocorridos. E, diferentemente, esperamos ainda, só nos acomodarmos com o que nos faz bem.


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